domingo, 26 de junho de 2016

A Socialização da Histeria

Texto postado originalmente em 2013. 

O Brasil, já há algumas décadas, vem doutrinando marxisticamente os jovens das escolas e universidades. Um dos efeitos dessa doutrinação é a socialização da histeria.

Pode-se entender por indivíduo histérico todo aquele que tem a crença no que fala e no que pensa e não no que vê. Tendo, pois, tal conhecimento, é possível identificar quem são esses seres na sociedade. A fórmula para descobri-los é simples, porém psicologicamente cansativa: iniciando um debate.

Após iniciar um debate com quaisquer desses indivíduos, a histeria vem a tona após a primeira refutação feita a argumentação do histérico. Sendo uma pessoa que acredita somente no que fala e no que pensa, habitante de um mundo imaginário, ele não é capaz, por si só, de formular um questionamento sobre a informação que lhe foi passada doutrinariamente e, ao ver seu mundo ruir sob a argumentação realista, o sujeito quase enlouquece.



Entrando no campo social brasileiro, eis que surge um novo indivíduo: o “social-histérico”. Fruto da doutrinação básica, o social-histérico pode ser encontrado nos lugares em que você menos imagina: escolas, trabalho, e até mesmo na sua família conservadora. A epidemia neuroideológica se alastrou entre ricos e pobres, novos e velhos, de forma que convencê-los a tomar a pílula vermelha torna-se uma exaustiva, quiçá impossível tarefa.

Um belo exemplo do surto “social-histérico” apresentado pelos brasileiros é quando se toca na questão do Programa Mais Médicos: Qualquer pessoa que tenha um mínimo senso analítico, sabe que o problema dos hospitais não é quantitativo, porém qualitativo. Segundo informações do Ministério da Educação, o Brasil forma 13 mil médicos por ano. Os médicos, em geral, não se recusam a atender nas cidades interioranas, mas como atender em hospitais sem recursos – problema recorrente em hospitais públicos do interior? Como lidar com a má distribuição dos profissionais, uma vez que a gestão é ineficiente? Culpar os médicos pelas mazelas do sistema público de saúde é uma estratégia do mais baixo nível para o governo se promover e justificar a importação dos cubanos. Importar médicos para resolver o problema da saúde no Brasil é como importar cozinheiros para resolver o problema da fome na África. É mais do que ÓBVIO que o objetivo da importação desses médicos cubanos é financiar a ditadura castrista, financiar a escravidão social na qual o povo cubano se encontra.  Agora, quem disse que os social-histéricos aceitam tal colocação? Para eles o programa é uma jogada de mestre do governo, é um programa genial, realmente o programa que a saúde no Brasil precisava! Não adianta mostrar vídeos, depoimentos, artigos e o escambau a quatro porque o sujeito não aceita ver o mundo imaginário dele se desmoronar. É como mostrar quatro dedos de sua mão para a pessoa e ela insistir que vê cinco porque o governo disse que são cinco.

Um outro exemplo, mais recente (este texto é de 2013) e até, de certa forma, mais divertido, é a militância pró-Genoíno. Neste exato momento estou assistindo a reprise do Pânico na Band e, durante a exibição, vi a cobertura da prisão do dedo-duro. Durante a cobertura, também foi possível ver alguns militantes fazendo suas histerias, segurando cartazes, gritando “Deixa o carro passar, porra!”, “Eu sou petista com muito orgulho.”, coisas do tipo. É factual que eles realmente acreditam no que eles pensam: que Genoíno e os demais são honestos, que Genô (posso chamar assim, não posso?) não teve qualquer tipo de envolvimento com o mensalão e que ele é o herói da pátria. O problema é que as evidências que mostram que ele teve, sim, envolvimento com o esquema estão na mídia, na internet, no raio que o parta, para quem quiser ver! Mas se eles se recusam... fazer o quê?



A histeria foi socializada. De cima para baixo, do governo para o povo. O diagnóstico que se pode dar é de um caso realmente grave. Os social-histéricos não aceitam a realidade e, ainda, não há meios de fazer com que eles aceitem-na. Até li no Twitter um questionamento sobre a possibilidade de adoção e reeducação de algum esquerdista e eu digo que é algo a se considerar, mas se for um esquerdista ferrenho, a situação muda de figura: quanto mais imerso no maravilhoso mundo de Marx o indivíduo se encontra, mais difícil é sua adaptação ao mundo real, maior é sua capacidade de relativização do senso moral e mais assustadores são seus chiliques ideológicos.  Nestes casos, meus amigos, a única solução é deixar que a natureza siga seu curso e, de alguma forma, transforme essas cabecinhas.

E se você, amigx de esquerda, não gostou deste post, peço que aguarde, pois em breve escreverei um falndo sobre a histeria conservadora também. Sim, conservadores que não podem ver um casal de homossexuais na rua de mãos dadas e acham que vão virar homossexuais também, mas ali o buraco é um pouco mais embaixo. Coming soon.